terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O Salmo 150 e o uso da percussão no louvor

 “Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder. Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza. Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!” (Sl 150 – Almeida, Revista e Atualizada).
Certa vez, estive em uma igreja no estado do Paraná onde a percussão era usada de forma sábia e equilibrada. O instrumento era elétrico e não ocupava o lugar central da programação, de modo que, ao entrar na igreja, você não tinha a impressão de estar num show de rock. Todos os instrumentos eram tocados harmonicamente, de modo que todos pudemos desfrutar de um culto racional (Rm 12:2) e alegre ao mesmo tempo (Fp 4:4).
Porém, não vi a mesma coisa em uma universidade fora do Brasil. Lá eles não se preocuparam com a imagética religiosa e o impacto que certas imagens podem causar na mente das pessoas. Especialmente daqueles que vieram para a igreja depois de terem tido uma vivência marcante num ambiente secular (Não descartemos que há subjetividade nisso, pois, as pessoas respondem de maneira diferente à imagens religiosas ou instrumentais).
Em tal lugar que visitei há cerca de um ano (início de 2011), o instrumento percussivo ocupava o lugar do púlpito (passou a ser o objeto central) e, ao entrar naquela igreja universitária, a sensação que tive (reconheço que outros não teriam a mesma reação) é que não estava em um culto, mas, numa programação totalmente secular.
Talvez esse disparate seja um dos fatores que gere tanta controvérsia no meio adventista quando o assunto é percussão. Alguns assistem a um culto onde o instrumento percussivo é usado com bom senso e se perguntam: “qual o problema com a percussão?” Outros, ao se depararem com uma programação de sábado onde os instrumentistas parecem roqueiros e nem mesmo se preocupam com o tipo de vestimenta para se apresentar diante do Senhor, respondem: “há muito problema na percussão, pois, nossas igrejas estão se pentecostalizando por causa dela!” (Veja 1 Crônicas 15:27, onde Deus orienta também os músicos a não se vestirem de qualquer jeito, ao ministrarem e dirigirem o louvor)
Creio que os dois lados têm suas razões particulares perfeitamente justificáveis. Porém, não estou aqui para tomar partido nesse assunto. Sendo que meus telespectadores e ouvintes “me cobram” uma resposta a respeito, pensei: se não sou especialista “especialmente” nesse tema, de que maneira posso dar alguma contribuição? Cheguei à conclusão de que deveria consultar a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) – e foi o que fiz. Enviei um e-mail para os estudiosos dessa abençoada Instituição e pude contar com a intermediação do irmão Denis, da Secretaria de Tradução e Publicações, para manter contato com o Dr. Vilson Scholz, consultor de Traduções da SBB.
Fiz duas perguntas a ele e fui muito bem atendido. E, por se tratar da resposta mais equilibrada que já li sobre o assunto, irei publicá-la na íntegra, em forma de entrevista, com a devida autorização.

ESCLARECIMENTOS

Antes, permita-me fazer algumas observações muito importantes, para evitarmos mal-entendidos:
1) Não sou a favor de cultos no estilo pentecostal, os barulhentos, que não agradam ao Espírito Santo (Ef 4:30, 31). Isso nada tem a ver com os irmãos pentecostais, amigos queridos a quem amo com amor cristão;
2) Não sou liberal em questão de música. No momento (11/01/2012) estou na Argentina, e o culto conservador daqui me agrada bastante (não agrada alguns e eles devem ser respeitados por isso). Todavia, não creio ser correto opinar sobre a validade ou não de um instrumento na adoração com base nos meus gostos pessoais. Gostos particulares não deveriam ditar o que é e o que não é verdade, mas sim a Palavra de Deus (a não ser que sejamos relativistas).
3) Creio que toda a igreja deve decidir sobre o assunto em Comissão, devidamente nomeada, tendo a opinião de líderes e músicos consagrados. Mas, que isso não deve ocupar o primeiro lugar na lista de discussões, pois, a missão evangelística da igreja (Ap 14:6-12) não pode (e não o será) engessada por causa dessas questões.
4) Nunca pense que, por mais sincero que seja meu esforço em contribuir, estou expressando a voz da Igreja. Nossa denominação – graças a Deus – define assuntos teológicos e administrativos com base na opinião de muitas pessoas, seguindo o conselho de Provérbios 11:14: “[...] na multidão de conselheiros, há segurança”. Há pessoas bem mais gabaritadas que eu para abordar esse tipo de tema e, por isso, recomendo que utilize esse texto apenas como uma contribuição aos seus estudos.
5) Desse modo, não seja infantil em utilizar meu texto para tentar forçar os outros a aceitarem suas ideias, pois, esse não é o propósito desse artigo (e nem da resposta do Dr. Scholz).
6) Não entro em discussões acirradas sobre o tema por que meu foco é outro (lido com as heresias que são disparadas contra nossa igreja e o farei até quando Deus o permitir). Respeito quem pensa diferente e quero ser respeitado.
7) O Dr. Vilson Scholz respondeu a minha segunda pergunta (sobre a presença ou não de instrumentos percussivos no Templo) com uma ressalva, segundo as palavras de Denis, funcionário da SBB: “[...] de que a questão extrapola suas funções e vai além da missão da SBB.”. Por isso, se alguém quiser discordar do doutor, saiba que a função dele na Sociedade Bíblica não é essa e que, portanto, ele não estará disponível para tal.

AO QUE MAIS INTERESSA

Vamos ao tema do artigo. A primeira questão que apresentei à SBB foi:

Necessito de uma explicação sobre o Salmo 150, pois, há teólogos questionando a tradução do mesmo. Eles alegam que o instrumento conhecido como “adufe” não está presente no original do texto. Porém, creio que a SBB tem razões linguísticas para traduzir assim o verso [...]

Dr. Scholz: [...] O texto hebraico traz a palavra “tôf” que, em Êxodo 15.20, foi traduzida por “tamborim”. Vejo que um grande número de traduções – a rigor, todas as que pude consultar rapidamente – trazem um termo parecido com “adufe” ou “tamborim”. Poderia ser, também, pandeiro. Às vezes essa palavra, que ocorre 17 vezes na Bíblia Hebraica, é traduzida por tambores, tamboril. O mesmo termo ocorre também em Jz 11.34, naquele episódio da filha de Jefté. Ali é traduzida por adufe. Não há nenhuma dúvida quanto ao significado desse termo. Quanto a “adufe”, o Dicionário Houaiss registra que se trata de “um tipo de pandeiro quadrado de origem árabe, usado por portugueses e brasileiros”. Portanto, algo do contexto oriental, bem ao sabor do mundo bíblico. E, além disso, algo que os portugueses e brasileiros supostamente conhecem.
Estranho que pessoas tenham dúvidas quanto a essa tradução. O que eu tenho ouvido – e recebido em forma de crítica – é a presença da palavra “danças”, em Sl 150.4, na Almeida Revista e Atualizada. Acontece que a Almeida Revista e Corrigida, por uma razão que ignoro, traz “flautas” naquele lugar. E há uma diferença entre dança e flauta! Mas o termo hebraico é, claramente, “dança”, por mais que isto incomode algumas pessoas. E as traduções tendem a seguir na linha da Revista e Atualizada.
Espero que isto o ajude na resposta àqueles que perguntam a respeito desse texto bíblico.
Grande abraço fraterno!

A segunda pergunta feita ao educado Dr. Scholz, foi esta:

[...] É verdadeira a afirmação de que, entre os instrumentos tocados no templo (inclusive no segundo), os adufes não mais estavam presentes?

Dr. Scholz: Esta é uma argumentação baseada na diferença entre o que afirmam dois textos: 2Crônicas 29.25-26 (acrescido de Ed 3.1) e Salmo 150, colocados numa suposta ordem cronológica. Há dois problemas envolvidos nessa discussão: a questão da cronologia e os argumentos tirados do silêncio.
Comecemos com a questão da cronologia. Somos nós que colocamos os textos numa sequência cronológica (na medida em que eles se apresentam sem data, no cânone) e somos nós que interpretamos o silêncio dos textos neste ou naquele particular. Se a colocação de Sl 150 após 2Crônicas é vista como fruto de pré-concepção, não menos preconcebida (e difícil de sustentar, em termos históricos) é a ideia de que Sl 150 é anterior a 2Crônicas. (Será difícil encontrar um biblista que pensa que o Salmo 150 é de “algum período pré-Santuário”. O fato de encerrar o Livro de Salmos sugere que foi escrito mais adiante, na história de Israel. Mas, de novo, não há como comprovar isso.) A colocação de Sl 150 antes de 2Crônicas se deve, não a argumentos históricos, mas ao desejo de provar que, a partir de certo momento, os tambores foram excluídos do culto, mesmo que o texto não afirme isso.
A questão do argumento do silêncio dos textos também é problemática. O fato de 2Crônicas não mencionar “adufes” não significa que não os houvesse naquele momento (tampouco que não vieram a existir ou a serem usados depois; é possível que, no período posterior a Ezequias, os adufes foram incluídos entre os instrumentos usados no culto). Mas o mais importante é que um texto não “desmente” o outro abertamente. Se 2Crônicas dissesse, com todas as letras, “revogando o que havia anteriormente, conforme o Sl 150”, o problema estaria resolvido. Acontece, porém, que o texto não diz isso. Tampouco o Sl 150 diz: “aumentando a lista de 2Crônicas”. Assim, do mesmo modo como é possível argumentar a favor da sequência: “presença de adufes” (Sl 150) seguida de “ausência de adufes” (2Crônicas), é igualmente possível argumentar pela sequência “ausência de adufes” (2Crônicas) – “presença de adufes” (Sl 150). Os textos, em si, não estabelecem um diálogo; quem os coloca lado a lado é o intérprete. E, em termos históricos, a sequência 2Crônicas – Sl 150 é mais crível do que a sequência contrária.
A rigor, temos textos bíblicos que mencionam os adufes e textos que não os mencionam. E não temos nenhuma indicação no sentido de que, a partir de certo momento, adufes não podiam mais ser usados. Na medida em que esses instrumentos são citados, são lícitos (ou eram lícitos em determinado momento). E enquanto não se disser, no texto bíblico, que não são lícitos, não podemos concluir que não sejam.
É claro que existem duas maneiras de argumentar (e aqui já passo à aplicação disso aos nossos dias): Primeiro, que só se pode usar o que é citado (ou ordenado) na Bíblia. Neste caso, nenhum instrumento elétrico ou eletrônico poderia ser usado! Segundo, que tudo que não é proibido na Bíblia, é lícito para uso. (Eu me identifico com este ponto de vista.) Como a Bíblia não proíbe os adufes ou tambores, que sejam usados por quem entender que é bom e possível usá-los. (É claro, há quem argumente que o Novo Testamento não ordena o uso deste ou daquele instrumento, no culto, o que poderia sugerir que não se deve usar instrumento algum. Por outro lado, o Novo Testamento não proíbe o uso de nenhum instrumento. No Apocalipse, aparecem harpas e trombetas.)
Diante do silêncio do texto, vale o princípio de que “Tudo é lícito, mas nem tudo convém”. E o que não convém é aquilo que destrói, em vez de edificar; que ofende, em vez de animar. Como saber? Isto depende de onde se está e quem está envolvido na situação. Em outras palavras, não existe como definir de antemão aquilo que “não convém”. Se as pessoas se sentirem mortalmente ofendidas com a presença de um pandeiro, a ponto de deixarem a igreja, é preferível que saia o pandeiro, pelo menos até que essa situação seja esclarecida e as pessoas possam entender por que o pandeiro faz parte da banda. Se as pessoas não estão “nem ligando” e falta animação na banda, por que não incluir um pandeiro ou dois? Mais do que ter argumentos, nestes casos é preciso ser sábio.
Dr. Vilson – SBB

PALAVRAS FINAIS

Gostei muito da resposta bem embasada do Dr. Scholz e poderia destacar vários aspectos dela. Porém, me atenho ao bom senso que ele apresentou, ao levar em conta (1) o princípio bíblico de que não devemos “escandalizar” nossos irmãos (1Co 8:1-13; 10:32, 33; 11:1), bem como (2) o contexto sócio-religioso em que cada cristão se encontra.
Se tanto tradicionalistas quanto liberais (inclusive eu, que tento ficar entre o meio termo) seguirem tal princípio, e não esquecerem que o amor é uma das características distintivas dos seguidores de Jesus (Jo 13:35), haverá nos debates menos disputa (para se ter razão) e mais preocupação com aquilo que o outro sente durante o debate.
Creio que Deus quer isso.

www.leandroquadros.com.br
www.sbb.org.br

domingo, 15 de janeiro de 2012

Já sabemos tudo

Entendemos como se formam as tempestades. Mapeamos os sistemas solares e transplantamos corações. Medimos a profundidade dos oceanos e enviamos sinais a planetas distantes. Nós estudamos o sistema e estamos aprendendo como ele funciona.
Mas, para algumas pessoas, a perda do mistério afetou a grandiosidade. Quanto mais adquirimos conhecimento, menos acreditamos. Estranho, você não acha? O conhecimento do processo não deveria anular a admiração. Quem teria mais motivos para adorar a Deus que o astrônomo que viu as estrelas? Que o cirurgião que segurou um coração nas mãos? Que o oceanógrafo que sondou a profundeza dos mares? Quanto mais adquirimos conhecimento, mais deveríamos ficar maravilhados.
Ironicamente, quanto mais sabemos, menos adoramos. Ficamos mais impressionados com a descoberta do interruptor de luz que com o inventor da eletricidade… Em vez de adorar o Criador, adoramos a criação (Romanos 1:25).
Não é de admirar que não haja admiração. Já sabemos tudo.
(Texto de Max Lucado)

Retirado do site novotempo.com
Publicado em , por Amilton Menezes

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Wasthy Lauers - Excelente Testemunho - Vale a pena conferir!!!!!

“Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”
Um episódio em especial do reality show da TV Record, “A Casa da Ana Hickmann”, chamou a atenção do Brasil e especialmente dos adventistas do sétimo dia. Foi o momento em que a apresentadora gaúcha conversou com uma das participantes para saber o porquê de ela não ter participado da “balada” na sexta-feira à noite e de uma prova classificatória na piscina, no dia de sábado.
A comunicadora adventista Whasti, que competia para ser a nova repórter do programa “Tudo é Possível”, passou os momentos sabáticos a sós, sem envolver-se em qualquer tipo de atividade secular imprópria para o dia de repouso (Ex 20:8-11) e para qualquer outro dia da semana (nesse caso, baladas).
A princípio, pensei: “por que ela foi a tal programa de TV se sabia que não iria conseguir observar o sábado?” Porém, me dei por satisfeito com a justificativa que deu a Ana Hickmann: “quando a gente quer muito uma coisa… a gente vai atrás”. Ela tem razão: temos que correr atrás dos nossos sonhos, pois, neste mundo de pecado e tristezas, sonhar nos ajuda a levar a vida com mais alegria e mais facilidade, pois, isso é um bálsamo para a emoção.
Ela demonstrou estar disposta a correr atrás do sonho dela, mas, o mais importante é que Wasthi compreendeu que os sonhos de Deus são maiores. Ela entendeu que há recompensa em sacrificarmos nossas vontades, caso elas venham a interferir em nossa lealdade ao Deus Criador que tanto fez (Tt 3:5), faz (1Co 1:18) e fará (Rm 5:9) por nós.
QUEM REINA EM SEU CORAÇÃO: A VONTADE DE DEUS OU AS SUAS?
No momento não estou escrevo para defender apologeticamente a doutrina do sábado – tão clara nas Escrituras (Gn 2:1-3; Ez 22:26; Ex 20:8-11; At 16:13; Ap 14:6, 7). O que quero destacar é a atitude da competidora em sacrificar a própria vontade para fazer a vontade de Deus. E isso em rede nacional!
Na conversa com a apresentadora da TV Record percebe-se que nossa irmã na fé compreendeu as palavras de Atos 5:29: “[...] Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” Confesso que ao ver o vídeo no YouTube me perguntei: “até que ponto eu estaria disposto a sacrificar minhas vontades para fazer a vontade de Deus?” Profanar o sábado não é a minha maior tentação por que nos meus 15 anos de adventismo estou acostumado a isso. É algo me dá muito prazer.
Minha “angústia” está em olhar para dentro de mim e descobrir se, em outras áreas da minha vida, também estarei disposto a deixar de lado “o próprio eu” para que Cristo viva em mim (Gl 2:20). Gostaria de saber se, em certos momentos de prova, estarei tão disposto a erguer a bandeira dos bons princípios como estou decidido a erguer a bandeira da guarda do sábado.
Porém, de algo tenho certeza: não importa a área da vida em que sejamos mais fracos, pelo poder de Cristo (Fp 2:13) podemos viver como o “sal da terra” e a “luz do mundo” (Mt 5:14-16). Se assim vivermos, inevitavelmente ouviremos das pessoas o mesmo que Wasthi, ao final de sua conversa com Hickmann:
“Você é uma pessoa muito especial e mostrou ser mais especial ainda agora por que acredita nos seus princípios, segue dessa forma… [nesse tipo de] pessoa [...] a gente pode confiar”.
OS SONHOS DE DEUS SÃO MAIORES QUE OS NOSSOS
Precisamos estar dispostos a crer especialmente numa daquelas frases em que Wasti regou-a com as próprias lágrimas, e que pode ser a pura expressão da fé e entrega ao Deus que tudo sabe e que tudo pode em favor dos filhos dEle: “Por maior que seja o meu sonho, o sonho de Deus é maior pra mim”.
Acredito que também por meio de Ana Hickmann, Deus deu uma mensagem forte a todos aqueles que desejam viver o sonho dEle. “Seja sempre sincera. Nunca esconda de você mesmo e nunca esconda de ninguém aquilo que você acha e aquilo que você é”.
Até que ponto somos sinceros e transparentes com respeito aquilo que somos e acreditamos, para que perfumemos a vida das pessoas como bons perfumes de Cristo? “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem.” (2Co 2:15)
Converse com Deus sobre você. Pergunte-Lhe (se já não tiver a resposta) em que área (s) da vida precisa se fortalecer ainda mais para representá-Lo bem diante da sociedade. Faça a mesma oração que Davi, certo (a) de que esse tipo de prece nunca deixará de ser atendida pelo Espírito Santo:
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139:23-24).

Comentário feito por Leandro Quadros - Apresentador do programa na Mira da Verdade novotempo.com/namiradaverdade

sábado, 6 de agosto de 2011

Nós Amarras - - Classe de Amigo

NÓS E AMARRAS
Os nós estão constantemente em meio às nossas vidas. Para todo lugar que olhamos sempre tem um nozinho bem escondido, mas sempre fazendo a sua parte. Um grande exemplo disso são as roupas que usamos, as bandeiras nos mastros, etc.
Nós de travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a engrossá-la ou evitar que se desfie.
Nós de Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou diferente.
Nós de salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais alças que não correm e destinados a subir ou descer pessoas ou objetos.
Nós de Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A corda necessária à sua execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é necessário 30 centímetros de corda.
Nós diversos – São aqueles que não se enquadram dentro dos capítulos anteriores.
Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de maior diâmetro de espessura segurando-o.
Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que este não se desfie.

Nó Simples



Este nó é a base para outros nós, e por se tratar apenas de uma volta é o nó mais fácil e rápido de ser feito, não é muito usado por marinheiros pois quando molhado ou quando é submetido a muita tensão fica difícil de ser desatado.
Outros nomes: Azelha Simples - Meia Volta - Laçada - Superior
Nó Direito





Serve para unir dois cabos de diâmetros iguais.
Para confirmar sua utilidade, use-o para unir dois cabos de diâmetros bem diferentes, e veja se funciona.
Na antiguidade era conhecido pelos gregos como nó de Hércules, este nó é muito utilizado por ser fácil de fazer e pela simetria, útil para fechar pacotes, amarrar sapatos, terminar amarras, etc, mas quando submetido a tenção em apenas uma de suas pontas este nó pode se desfazer.
Outro nome: Nó Quadrado
Nó Direito de Alceado


Utilizado como o nó direito.
Tem a vantagem de ser facilmente desatado.
A laçada do sapato é um Nó Direito com duas alças
Nó de Escota






Serve para unir dois cabos de diâmetros diferentes.
Como está no desenho pode ser usado para colocar a bandeira no mastro.
Acostume-se nunca aplicá-lo no mesmo cabo, que, é claro tem o mesmo diâmetro. E desta forma, fica fácil confundi-lo com o Lais de Guia
Este nó possui as mesmas voltas do lais de guia, só que é feito com duas cordas, utilizado para unir duas cordas de diâmetros diferentes, útil também para içar bandeiras, utilizando a corda que já esta pressa a bandeira, completa-se o nó com a corda do mastro.
Nó de Escota Duplo


Utilizado como o nó de Escota, com melhores condições de segurança.
É muito recomendado para cabos de diâmetros muito diferentes.
Pode ser utilizado até para amarrar cabos tipo fio elétrico.
Nó de Escota Alceado

Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de desatar. é muito utilizado para prender bandeiras na adriça.
Nó em Oito



Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas cordas (nó em oito duplo).
Nó Corrediço


Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.
Volta do Fiel



Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo.
Volta da Ribeira


Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mantê-la sob tensão.
Catau


Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.
Nó Aselha

É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo.
Nó de Arnez


É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as pontas).
Balso pelo Seio


Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda.
Nó de Pescador


Utilizado para unir linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.
Enfardador

Nó utilizado para esticar um cabo. Prende um cabo a um estai (Ribeira) e em seguida, no outro estai, faz-se um S na corda colocando a ponta do S virado para o lado onde foi feito a Ribeira, fazendo-o um cote, do outro lado, ficará com uma alça. Pegue a ponta da corda e de uma volta sobre a árvore, esticando-a e volte pela árvore dando no cabo vários cotes.
Volta do Salteador


Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó.
Lais de Guia

É um nó fácil de se fazer, pois tem poucas voltas, é estável e resistente, em geral é feito de forma que fique um laço fixo em uma das extremidades da corda, muito útil para içar animais, pessoas ou objetos de modo que não aperte quando submetido a tenção, após o uso é fácil de desmanchar o nó, em cordas muito rijas não tem utilidade pois as voltas não se acomodam e não oferece segurança.
Utilizado tambem para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.
Outro nome: Bolina
Lais de Guia Portuguesa

Este nó era usado por marinheiros portugueses para amarrar a âncora, também pode ser usado para apoiar um homem que esteja trabalhando suspenso, as suas voltas podem ser ajustadas de acordo com a necessidade, pode ser dado mais de duas voltas, deixando o nó mais forte.
Outro nome: Bolina Portuguesa
Fateixa




É o nó que se faz para firmar um cabo em uma barra, num arganéu, para amarrações firmes, ou para render a fateixa, que é âncora pequena como argola. O nó consiste em uma volta redonda com cotes, passando o primeiro por uma volta, para não apertar.
Para fixar uma corda em um tronco, espeque ou argola, resiste bem a tensão é bem simples de fazer e fácil de desatar, muito utilizado na navegação para atracar barcos no cais.
Outro nome: Volta de Anete
Nó de Gancho

Este nó é uma volta simples e fácil de fazer, é utilizado para fixar uma corda ao gancho de forma rápida, mas não pode ser utilizado para puxar peso.
Ordinário



Nó muito estável, serve para unir duas cordas, mais pouco utilizado por ter muitas voltas criando desta forma um grande volume, quando molhado é difícil de desatar, muito usado para decoração por causa de sua forma simétrica.
Outros nomes: Nó de Espia - Nó de Aboço - Calabrote Dobrado
Amarra Diagonal (ou em X)



Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo agudo. é menos usada que a Amarra Quadrada, mas é muito utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc. Para começar usa-se a Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as peças (enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar unido a ponta final a inicial com um nó direito.
Amarra Quadrada (ou plana)



é usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com o nó direito na extremidade inicial.
Amarra de Tripé (ou trípode)




Esta amarra é usada para a construção de Tripés em acampamentos, afim de segurar lampiões ou servir como suporte para qualquer outro fim. A amarra de tripé é feita iniciando com uma volta da ribeira e passando alternadamente por cima e por baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma pequena distância entre elas. A vara do meio deve estar colocada bem acima, afim de amarrar a sua extremidade inferior à extremidade superior das outras duas ao lado. Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a amarra já sofre o "enforcamento" sendo suficientemente presa. Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas entre as varas e finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.
Amarra Paralela (ou circular)




Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou até sustentar o outro bambu. Faz-se uma argola e dá-se voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse falcaçando, terminando, também como uma falcaça, passando a ponta do cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um nó direito unindo as duas extremidades.