quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Especialidade de Borboletas e Mariposas

Especialidade de Borboletas e Mariposas

Nas regiões tropicais, encontramos o maior número de espécies e as maiores e mais belas borboletas e mariposas, visto que o clima quente, a umidade e a grande variedade de plantas oferecem a elas condições ambientais favoráveis e alimento em abundância.

As borboletas variam em tamanho desde as mais minúsculas com cerca de 3 milímetros de tamanho Phyllocnistis spp até as maiores com pouco mais de 30 centímetros Attacus Atlas ou a Ornithoptera alexandrae com 28 cm de uma extremidade a outra de suas asas.


Como distinguir entre as borboletas e mariposas?
Antenas - as borboletas geralmente têm as antenas mais longas, de aparência lisa, tendo as extremidades arredondadas, enquanto as mariposas têm as antenas mais curtas, grossas e de aparência peluda.

Corpo - as borboletas têm o corpo mais fino e delicado, as mariposas os têm pequeno e grosso.

Asas - quando em repouso, as borboletas guardam suas asas na posição vertical, enquanto as mariposas dispõem suas asas em forma triangular, como o telhado de uma casa.

Colorido das asas - as borboletas tendem a ser mais coloridas do que as mariposas. Hábitos - as borboletas são em sua maioria diurnas, as mariposas são de hábitos noturnos.

Velocidade de vôo - as borboletas podem voar até 20 km/h, enquanto as mariposas podem voar até 40 km/h. A maior velocidade fica por conta da Euschemon ssp que pode atingir 60 km/h.

Estima-se que em todo o mundo, existam aproximadamente 24.000 espécies de borboletas e 140.000 espécies de mariposas. A região tropical registra a maior densidade desses insetos, devido às condições propícias que oferece, com uma grande variedade de plantas.



Ciclo de Vida
A transformação da freqüentemente feia e bizarra lagarta em uma elegante borboleta é realmente um dos milagres executados pela Natureza. No ciclo de vida, as borboletas processam uma metamorfose completa em quatro fases bem definidas e bastante distintas como ovos, larvas, crisálidas e adultas.


Ovos de borboleta
Após o acasalamento, que pode durar até cerca de uma hora, a fêmea procura as plantas adequadas para a postura dos ovos. Nesta tarefa, conta com uma peculiar habilidade das patas, que pode sentir o sabor das folhas das plantas, a adequação nutritiva e a ausência de fitotoxinas, pois essas folhas serão parte do cardápio exclusivo das larvas. Não se sabe o número exato de ovos que uma fêmea pode depositar na parte superior das folhas das plantas escolhidas, mas a postura pode decorrer em algumas horas ou em muitos dias, e os ovos variam em tamanho, forma e coloração de acordo com a espécie.

Lagarta / larva da borboleta
Ao chegar o momento de saírem dos ovos, os lepidópteros assumem uma forma larval, as conhecidas lagartas. Estas abrem caminho, comendo as cascas dos ovos em que estavam contidas, preparam uma espécie de ninho na parte inferior de alguma folha e de imediato começam a comer as partes vegetais da planta em que se encontram, cortando-as e mastigando-as com suas poderosas mandíbulas. Devido a um determinado hormônio que segregam, as lagartas não param de comer; algumas comem durante o dia inteiro, outras o fazem durante toda a noite. No período destinado ao descanso, digestão e absorção dos nutrientes, voltam para esse ninho construído, sob a folha que, curiosamente, evitam comer. São comedoras vorazes, quase que insaciáveis, pois precisam se alimentar dos nutrientes necessários para o período de hibernação de sua próxima fase de vida e para isso necessitam armazenar bastante energia. À medida que a produção desse hormônio diminui, as lagartas consomem cada vez menos folhas. Quando param de comer por completo, estão preparadas para a nova fase.

Crisálida / Pupa
Também denominadas pupas, é o estágio seguinte, quando a larva procura a parte inferior de uma folha ou um galho mais resistente onde possa se enrolar em uma espécie de capa protetora e se transformar por completo. Algumas mariposas, a partir de uma glândula próxima da boca, produzem uma teia de material salivar que em contato com o ar adquire consistência de fios muito resistentes. Tecidos em torno da pupa para aumentar sua proteção, essa capa é denominada casulo. Algumas espécies são cultivadas para que esses fios sejam utilizados na indústria têxtil, a produção da seda. Os fios de seda são os fios que compõem o casulo dessas mariposas. Desde a antiguidade, no Japão e China, a mariposa parda Bombyx mori (acima) é utilizada na indústria da seda que é uma fibra natural de proteína, composta de fibrina. A sericina é uma goma protéica responsável pela união das fibrinas que compõem os fios de seda. Os filamentos da seda são resistentes e podem ter comprimentos que variam entre 300 a 900 metros! A produção da seda, entretanto, envolve a aniquilação das crisálidas contidas nos casulos que são colocados, ainda vivas, em água quase fervente no processo de obtenção dos fios de seda, que depois de tingidos são utilizados na fabricação de tecidos.

Adultas
Após a metamorfose completa, as borboletas adultas eclodem dos casulos e esperam horas, para que as asas úmidas e encolhidas endureçam para se adequarem ao vôo. A partir daí, iniciam a fase de acasalamento. Os machos são visto, com freqüência, rondando as fêmeas recém saídas da fase de crisálida, antes mesmo que elas possam adquirir a plena capacidade de voar. Após a fecundação, as fêmeas procuram depositar os ovos na parte superior das folhas de plantas hospedeiras adequadas ao desenvolvimento das lagartas. Para garantir a perpetuação da espécie, as borboletas são dotadas de extraordinária sensibilidade. Segundo experimentos, podem enxergar as cores com maior sensibilidade ao vermelho, verde e amarelo, e podem sentir o sabor das folhas com as patas, o que facilita na procura de folhas de plantas adequados à oviposição.

_Pó colorido das borboletas
O pó colorido que as borboletas soltam, ocasionalmente vem das asas, que são constituídas por micro-escamas especiais sobrepostas, que se encaixam como as telhas de um telhado.



Lagartas Nocivas
Algumas borboletas e mariposas podem ser nocivas, pois suas lagartas destroem as plantações.
As lagartas que atacam as colheitas compreendem, entre outras, a espécie lagarta-dos-cereais européia (Phyrausta nubilalis), a larva da mariposa Heliothis zea e as lagartas do gênero Agrotis. A espécie lagarta do fruto (Gymnandrosoma aurantianum) é encontrada no Brasil, nos estados de SP, RJ e MG, e ataca as laranjeiras. A lagarta-rosada, do gênero Pectinophora, destrói os frutos do algodoeiro.

_A Lagarta-rosada é uma das maiores pragas da agricultura brasileira. Essa larva ataca as sementes do algodão, provocando grandes prejuízos. A mariposa-cigana (Lymantria dispar) ataca as plantações, cerca de 300 espécies de árvores e arbustos.


_Mariposa-do-café (Leucoptera coffela), na fase larval, a lagarta se alimenta das folhas do cafeeiro, cavando galerias ou minas, onde se aloja e se desenvolve. O ataque da praga reduz a área foliar e, por vezes, provoca intenso desfolhamento.



Borboleta Monarca
Alcança até 95 mm de envergadura. Seu vôo, geralmente, é baixo, em lugares abertos. Alimenta-se do néctar de pequenas flores. Tem hábitos migratórios e pode viver longos períodos em jejum. Os ovos são postos nos botões das flores ou sob as folhas da planta tóxica oficial-de-sala (Asclepias curassavica). Ao eclodirem, nascem lagartas de listas amarelas e pretas, que se alimentam das folhas dessa planta, tornando-se imunes, mesmo na forma adulta, a predadores, como pássaros; porém, continuam suscetíveis ao ataque de certas espécies de vespas e moscas, que atuam em seu controle populacional.



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